Poema escrito pelo Coronel em conjunto com a filha Heloiza (Izinha)
O vento ouro das minhas latitudes
Embala folhas em balanços lentos
Poetas passam, meditando, vagos
Buscando versos entre os cata-ventos
E o moço outono passa lentamente
Com cores loucas sobre o rio lá embaixo
E no arrabalde, minha velha tia.
Faz goiabada em cobreado tacho.
Por isto o ar, na rua se incendeia.
Espalha o aroma de sua cor rosada.
Que salta muros, invade avarandados.
Deixando a tarde morna, açucarada.
E a gurizada chega barulhenta
Ao quintal verde, a despedir o dia
E como o outono, segue lentamente,
Rodeando o tacho da minha velha tia
José Antônio Correa de Moura
Heloiza Moura Tergolina (filha)